domingo, 7 de agosto de 2016

o padre e as coxinhas

sou conhecida dentro de casa por sempre ter sonhos enormes e malucos, daqueles que dariam um bom enredo pra livro de aventura fantástica. o problema é que quando eu resolvo contá-los, ninguém tem paciência pra me ouvir. as histórias mirabolantes que meu cérebro inventa enquanto eu durmo são tão confusas e compridas que meu irmão nunca aguentou ouvir nenhum dos sonhos até o final...

eu lembro dos meus sonhos praticamente todas as noites, inclusive acho muito esquisito quando acordo e parece que não sonhei com nada. além disso, eu lembro até hoje e com uma certa clareza de detalhes de uns sonhos que eu tive há, sei lá, uns dez anos. é bem bizarro. aliás, falando em bizarrice, uma época eu sonhei repetidamente que meus dentes todos caíam e o que eu mais ouvi foi gente falando que isso significava que alguém ia morrer. acreditando nisso ou não, todo mundo do meu convívio continua aqui bem vivinho. também tem aquela história que eu contei aqui, da pessoa que aparecia nos meus sonhos todas as noites - e que faz muito tempo que sumiu, ainda bem!

bom, isso tudo foi pra dizer que eu já tô acostumada a sonhar coisas esquisitas, mas que mesmo assim um dos meus sonhos mais recentes me surpreendeu bastante pela falta de conexão entre todas as partes dele. acordei dando risada e só de pensar em tamanha besteira o sorrisinho já começa a se formar automaticamente na minha boca. gente, senta bonitinho aí na cadeira e acompanha essa história aqui rapidão:

eu sonhei que estava com o meu namorado na coreia do sul. não sei como, mas eu simplesmente sabia que era lá que a gente tava (sabe aquela coisa de "sonhei que a gente tava na sua casa mas não era a sua casa de verdade, era outra casa, mas era sua"? então). em alguns momentos o boy tava do meu ladinho, em outros ele simplesmente desaparecia e eu estava sozinha vagando pelas ruas coreanas. enfim. no começo, eu entrei numa loja e uma atendente bem caricata, vestida com roupinha oriental, veio mostrar uns guarda-chuvas pra mim e pro meu namorado. a gente tava conversando normalmente, a moça falava em português mesmo. dei uma olhadinha nas coisas, agradeci e fui embora (meu namorado já tinha desaparecido quando saí). daí encontrei o time de vôlei feminino da seleção brasileira atravessando uma rua. achei curioso as meninas estarem lá, mas segui meu caminho tranquilamente até o shopping mais próximo, que mais parecia um galpão mal acabado. encontrei o boy na praça de alimentação e demos umas três voltas por lá, tentando decidir o que comer. ele escolheu, mas eu não sentia vontade de comer nada daquilo, já tava ficando agoniada. aí falei que ele podia almoçar sem mim, que eu ia tentar resolver meu problema. deixei o mozi sentado comendo a comida dele e fui andando até uma mesa mais afastada, pra pedir um conselho pra uma pessoa que tava sentada lá sozinha. essa pessoa era ninguém menos do que o padre fabio de melo, que aparentemente morava na coreia do sul há aproximadamente dois anos. perguntei o que ele almoçava naquele shopping, porque eu não conseguia escolher nada pra comer. com uma carinha meio triste, o padre me disse que tava se alimentando unicamente de coxinhas desde que tinha chegado no país (2 anos!) e apontou pra um quiosque, que até então não estava ali. em cima do balcão tinham uns salgadinhos meio murchos, sem a menor graça. ainda assim, eu me animei com essa possibilidade e perguntei se a coxinha era boa. com uma cara mais triste ainda, ele disse que não. depois disso eu não lembro mais nada.

caras, vocês tem noção de que eu sonhei com o padre fabio comendo coxinha durante dois anos na coreia do sul? e eu nem gosto desse padre, pelo amor da deusa. meu inconsciente é uma coisa de louco! você aí que entende um pouquinho de interpretação de sonhos, me diz: posso seguir em paz dando risada a cada vez que eu lembrar disso ou devo me preocupar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário