segunda-feira, 28 de setembro de 2015

"eu quero beijar muito a sua boca"

- quero comer sobremesa
- mas você tem que jantar primeiro, não pode comer só o doce
- tá bom, mas eu quero sorvete
- tem que comer comida
- aham, mas e o doce?

pedaço de um diálogo real entre o namorado e eu nesse fim de semana. (mas também poderia ser entre uma criança de quatro anos e a sua mãe, somos um casal bem versátil.)

horas depois desse momentinho, finalmente jantamos. como dois adultos, comemos uma imitação de cachorro-quente (chamei de pão com salsicha e ele ficou meio triste. mas né, não posso fazer nada, se não tem purê e nem batata palha, não dá pra chamar pelo nome oficial. sorry, boy.)

daí, devidamente alimentada, eu pude enfim comer a minha tão sonhada sobremesa. eu sabia que no freezer da casa dele tinha um pote de sorvete de morango bem bom. e era isso que eu queria. ele, lindo que só, disse que faria uma sobremesa especial pra mim. pensei que fosse milk-shake, porque é o que eu sempre digo que tô com vontade de tomar. pois estávamos nós na cozinha quando de repente:

- fecha os olhos
- *tampa a visão periférica com uma mão e mexe no celular com a outra*
- tá, agora fica assim, de costas
- *fica parada olhando pra parede* 
- espera aí, não olha
(alguns tempinhos depois)
- ahn... cê não quer minha ajuda aí não?
- não, espera!!
(mais alguns tempinhos depois)
- é então eu acho que quero sair daqui, deixa eu te ajudar ^^
- tá pronto agora, acabei, pode olhar
- AI MEU DEUS, QUE COISA LINDA, EU QUERO BEIJAR MUITO A SUA BOCA


o mocinho pegou o sorvete de morango que eu queria e me fez uma casquinha especial!!! eu nem sou de doce, normalmente não aguento comer tanto açúcar assim, mas comi esse aí todinho de uma vez só sem a menor dificuldade. fiquei com a mão toda suja de chocolate, sujei até o nariz de sorvete. e foi incrível. e eu beijei mesmo a boca dele. muito. <3

terça-feira, 22 de setembro de 2015

letras, por que você me odeia?

hoje eu decidi que vai ser dia de desabafar e de falar mal da minha faculdade. só um pouquinho, só pra eu conseguir relaxar e seguir em frente. olha, eu poderia criticar todas as minhas matérias (algumas mais que as outras, claro), mas vou fazer isso com apenas duas, pra não perder o foco - e não me estressar muito, também. vamos ao mimimi:

1) introdução ao teatro
gente, essa matéria....... eu juro que mal sei por onde começar. ela faz parte da grade obrigatória do inglês (lembrando que faço dupla habilitação em português/inglês) e esse é o único motivo de eu cursá-la agora - ou em qualquer outro momento da graduação, sendo bem sincera. o conteúdo é, como o nome já diz, relacionado a teatro. além da leitura de peças teatrais, a gente aprende os tipos de palco e de plateia, aprende um tantinho da evolução do teatro, aprende os diferentes gêneros teatrais... essas coisas aí que eu me interesso muito, só que não, só que jamais. enfim. as matérias do inglês são ministradas em inglês, mas essa professora resolveu que não tá nem aí pra isso e tá dando as aulas em português mesmo. o que torna tudo ainda mais pointless, porque se eu estivesse treinando o idioma, faria o mínimo de sentido eu cursar mesmo tendo um total de 0 (zero) interesse. a aula é sofrida de assistir, dá um sono monstruoso, são quase duas horas de um blablabla interminável num tom monótono (desculpa professora, eu sei que cê é boa, o problema é a sua matéria mesmo!). mas o problema maior tá sendo agora, pra fazer o trabalho que ela pediu. a proposta é a seguinte: vejam uma peça de teatro, qualquer uma, desde musical da broadway até peça infantil numa praça no centro da cidade, e façam uma análise sobre ela, contendo uma infinidade de informações (sério, são quatro páginas de instruções pra fazer o bendito do trabalho). a mulher tá pedindo tanta coisa que eu mal sei por onde começar a escrever. além do fato de eu mal saber o que escrever, né? mas a parte boa é que a análise pode ser feita em português. o que também pode ser visto como parte ruim, porque continua enfatizando que eu só tô lá pelo inglês e a gente quase não tá aproveitando a língua. acho que essa é a matéria que eu mais queria cancelar da minha grade, pqp. 

2) introdução ao latim ii
olha eu aqui mais uma vez falando dessa aulinha abençoada pelo deus júpiter! eu tento parar de reclamar, eu tento ser forte e superar a parte ruim, mas: não dá. eu não tô aprendendo nada, por mais que eu me engane ao entender as coisas que o professor passa durante a aula. eu não sei como a língua funciona, não aprendi o básico, e agora tô sendo obrigada a fazer exercício de tradução e de ~encontrar a oração reduzida de infinitivo~ em frases de cícero e virgílio, gente... aliás, sobre as traduções: a gente não tem o vocabulário no material usado em aula, o professor precisa passar na lousa o significado das palavras, mas na maioria das vezes ele esquece disso e só coloca os termos em latim mesmo. seria ótimo se a gente tivesse um dicionário na nossa apostila, mas o professor acha que traduzir deve ser na base da intuição, sei lá. cê vê lá a frase "orantibus amicis Socrates tamen carcerem non reliquit" e diz que ela deve significar com certeza que "orando os amigos de sócrates também não encarceram relíquias" (hahahaha vou matar o professor do coração se ele ver uma coisa dessa). se teatro é a matéria #1 que eu queria largar, latim definitivamente ocupa o posto da #2. tá triste, migas.


só espero, do fundinho da minha alma, que eu passe nessas matérias. se eu reprovar e tiver de fazer de novo, não sei se continuarei com a minha sanidade mental em dia.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

amor em quatro patas

quando eu era criança, vivia pedindo um cachorrinho pra minha mãe. queria um bicho peludo que corresse atrás da bolinha que eu jogasse, que me deixasse toda suja de baba e que deitasse comigo no sofá pedindo carinho na barriga. por mais que eu tenha enchido o saco dos meus pais pra conseguir um bicho desse, nunca obtive sucesso. meu pai não é muito fã da ideia de ter uma casa lotada de pelos, então ele sequer me dava ouvidos. mas minha mãe, mesmo que também goste muito de cãezinhos, sabia que não ia rolar. por mais que eu quisesse um melhor amigo com quatro patinhas e um rabinho balançante, eu não queria as obrigações de ter um cachorro. descer pra passear e fazer xixi? limpar as sujeiras todas? é, acho que não. na minha cabecinha de criança, ter um dog não implicava nada disso. era só amor, alegria e diversão. na cabeça de adulto da mamãe, ter um dog era mais trabalho pra ela mesma. e na cabeça de adulto do papai, ter um dog significava nojeira (meu pai é desses que, se pudesse, tomava quinze banhos por dia só pra continuar sempre limpinho).

daí que eu ganhei um presente absolutamente especial quando eu fiz, sei lá, uns três ou quatro anos: um cachorrinho de pelúcia.


ele tinha uma caminha, tinha cobertinha pra dormir, tinha coleira pra passear. e a gente passeava mesmo, aqui pelo meu prédio, como se ele fosse real. não me lambia, não latia e nem abanava o rabo quando me via chegar em casa, mas ele era de verdade. o nome que eu escolhi na época foi totó, porque eu devia ser uma criança bem sem criatividade. o bicho continua comigo até hoje, é minha pelúcia preferida do mundo e eu acho que ele é meio toy story: quando eu não tô olhando, certeza que o cachorrinho ganha vida. meus outros bichos de pelúcia não, só ele mesmo.

mas convenhamos que, por mais que minha versão de quatro anos de idade tenha se contentado, o totó nunca foi capaz de ocupar o espaço de um cãozinho de verdade. eis que, quando eu tinha por volta de uns dez anos, meu primo resolveu que teria um cachorro. pois ele arrumou um labrador filhotinho, do tamanho do meu bicho de pelúcia, e com o pelo só um tantinho mais amarelado do que o dele. o cãozinho era tipo a versão real do meu totó, achei incrível! meu primo disse que o cachorro se chamaria nick. achei o nome bem ruim e, no alto de toda a minha inexistente criatividade, disse que scooby era muito melhor. minha avó deve ter gostado da minha ideia, porque o nome do dog acabou sendo o que eu escolhi mesmo. (ah, meu primo morava com a minha vó. quem quis o cachorro foi ele, mas quem acabou se tornando a dona de verdade e cuidando do bicho foi ela, né? por isso é que a decisão final foi dela também.)

eu tava lá na casa dela, esperando, quando scooby chegou. veio pequeno, manhoso, lambendo freneticamente as minhas mãos e dormindo no meu colo - porque fiz questão de não largar o cachorro nem por um minuto aquele dia. o filhote cresceu tanto em tão pouco tempo que essa história de pegar no colo acabou rapidinho. e ele comia tudo o que via pela frente, inclusive a casinha de madeira e uma bolsa da minha mãe (além de tudo o que tinha lá dentro). se queria carinho, ficava manhoso e vinha deitar de barriga pra cima do nosso lado. se queria sossego, saía fora e não dava muita bola pra ninguém. se queria brincar, corria pelo quintal atrás das bolinhas coloridas - e ai de quem quisesse tirar uma delas de dentro da boca dele, o bicho não deixava jamais! scooby foi crescendo, comendo e engordando como se não houvesse amanhã. ficou com problema nos ossos pelo excesso de peso, precisou fazer dieta... e isso fez com que ele se cansasse muito rápido e passasse a brincar cada vez menos, mas nunca parou de pedir carinho e atenção. scooby ficou com a gente (com a minha avó, no caso) até que não dava mais pra cuidar dele, com quase dez aninhos de vida. aí foi morar no interior, no sítio de uns parentes, onde aprendeu a acordar cedo, junto com as galinhas, e a comer várias frutas e legumes. continua gordão e cansado, mas deve tá feliz como nunca com aquele espaço enorme pra percorrer. ele é o cachorro mais lindo que eu já conheci e o que eu mais amo também <3


e aí veio o billy, o poodle mais de boa da face da terra. bolinho, para os íntimos (só eu e seu dono, meu boy), chegou na vida do namorado quando ele era bem criancinha e tá aí até hoje, velhinho e carente que só ele. o amor da vida desse cachorro é meu sogro. quando ele chega em casa, o billy só falta parir. todo santo dia, toda santa vez. é impressionante. ele é quietinho, bem tranquilo, só quer saber de dormir e de passear pra fazer suas necessidades básicas :) billinho quando sente cócegas mexe a perninha loucamente, quando quer a comida do seu prato fica te olhando com os maiores olhos de pedinte que eu já vi na vida e quando quer carinho vai até você e fica fazendo aquele barulhinho de cachorro até você se dar por vencido e fazer uns cafunés na cabecinha dele. e quando você parar, billinho vai te olhar e usar a patinha dele pra pedir mais. nesse quesito, o cachorro é insaciável (me identifico, inclusive). ele não é muito fã de colo, a menos que você esteja sentado e ele queira muito mesmo ficar em cima de você. senão, pode esquecer. o bicho é até meio esnobe, porque só vai te dar bola se ele tiver a fim de verdade. a gente virou bem amigos desde que comecei a frequentar a casa do boy e eu fui conquistando o coração do billy até ele virar tipo meu filho. quando ele tá especialmente me amando, a gente encosta nariz com fucinho pra demonstrar o nosso amô um pelo outro.


aí eu fico vendo uns duzentos vídeos incríveis de cachorrinhos por dia e pensando em como deve ser maravilhoso ter um desse na nossa vida, pra deixar tudo mais sujo de baba e mais cheio de amor. não vejo a hora de poder ter meu próprio filho de quatro patinhas! mas enquanto esse dia não chega, fico matando minha vontade com os cachorros dos outros <3

(por mais que eu ache que me daria muito melhor caso tivesse um gato. mas aí o assunto fica pra outro post, senão esse aqui não acaba nunca!)

domingo, 13 de setembro de 2015

música, superlua e reencontros

quando eu saí de casa na manhã de sábado, eu não sabia que atravessaria a cidade pra chegar num parque super longe e passaria horas sob um sol do saara ouvindo várias pessoas desconhecidas aprendendo a tocar instrumentos musicais. mas isso aconteceu e, preciso admitir: foi bem legal. dei risada, conheci gente nova, descobri que eu ainda sabia batucar algo que aprendi um ano atrás, fiquei cansadíssima naquele calor desejando um banquinho e um ventilador, senti vergonha alheia (o cara tava lá pra aprender, mas se recusava a ouvir os "professores" pois já se julgava bonzão o suficiente. fiquei constrangida sim quando, mesmo depois de toda essa presunção, o mocinho foi lá e tocou tudo errado sem ritmo sem noção da vida. bem feito)... foi ótimo.

sem filtro, pq o dia tava mesmo bem bonito

quando eu saí de casa na manhã de sábado, eu não sabia que veria a superlua lá, na minha cara, gigantesca, linda como nunca antes. eu gosto mais da lua do que de qualquer outra coisa que se encontre no sistema solar (incluindo nosso próprio planeta, eu diria). mesmo quando ela aparece pequenininha, singelinha, fraquinha no céu, lá estou eu apaixonada olhando pra cima como se ela fosse a coisa mais bonita do universo. naquele dia, ela era. a luminosidade era tanta que, mesmo se não tivesse nenhuma lâmpada por ali, ela daria conta de clarear tudo pra gente. mal dava pra acreditar que aquela luz toda sequer é dela de verdade... foi ótimo.

fonte: https://www.pexels.com/

quando eu saí de casa na manhã de sábado, eu não sabia que encontraria antigos amigos ao longo do dia. fiquei muito feliz de ver quem eu não via há tanto tempo. não só pelo reencontro, mas também por perceber que nada mudou. tá bom, mudou sim: eu não sei mais da vida deles, eles não sabem mais da minha vida. mas colocando a conversa em dia eu me senti à vontade perto deles, como sempre foi. fiquei surpresa ao descobrir que eles namoram, que eles trabalham, que eles estão quase terminando a faculdade (nem todos se encaixam em todas as categorias, no caso). percebi também que o carinho que eu sentia por eles continua o mesmo. e a facilidade que eles têm de me fazer rir com coisa boba e piada sem graça continua a mesma... foi ótimo.

fonte: https://www.pexels.com/ 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

o que é bom é pra ser compartilhado

sabe aquela história de gostar de uma coisa e não querer dividir com mais ninguém? de ter uma banda meio underground preferida e odiar a ideia de outras pessoas passarem a conhecer, porque aí a coisa não seria mais só sua? então, eu já tive isso daí. hoje em dia não tenho mais, passou, quero mais é que todo mundo conheça e aprecie junto comigo. mas se tem algo que eu nunca jamais em nenhuma circunstância quis que fosse só meu - e sim de todas as pessoas do mundo -, esse algo é harry potter.

{essas não são as capas dos meus livros,
mas eu gosto muito delas!}

sempre me empolguei com amigos que também gostavam, sempre conversei sobre a série em todas as oportunidades, sempre tentei fazer meus pais assistirem aos filmes comigo (vejam bem: tentei. nenhum deles tem muita paciência, infelizmente ;~).

e é por isso que, pelas minhas contas, meus livros já passaram pelas mãos de, pelo menos, seis pessoas além de mim. 

a primeira delas foi uma amiga no colegial, minha melhor amiga na época. trocamos uma infinidade de livros ao longo dos anos em que estudamos juntas. ela, fã de crepúsculo, se surpreendeu positivamente e adorou harry potter. eu não me rendi ao vampiro que brilha, mas foi por conta dela que li vampire academy e descobri rose hathaway, minha personagem feminina preferida.

depois, é claro, veio meu namorado. não lembro se precisei utilizar todo o meu poder de persuasão pra fazê-lo acreditar que valia a pena ler sete livros em sequência, mas acho que não. eu gostava muito, ele sabia disso, ele quis arriscar, ele gostou. nunca conseguimos conversar muito sobre a série (ele é desses que leu ontem e hoje já não sabe mais o nome das personagens), mas sei que o menino tem uma certa predileção pelo dumbledore (e isso é um tanto condenável, eu diria). mas, além de harry potter, também convenci o boy a ler percy jackson. séries fantásticas são incríveis, que culpa tenho eu? :)

eis que a faculdade chegou e eu, no alto da minha inocência, acreditava que todo mundo na casa dos quase vinte anos pra frente, ainda mais cursando letras, já teria lido a série toda de cabo a rabo. inclusive mais de uma vez. qual foi a minha surpresa ao descobrir que, no meu grupo de amigos formado por seis pessoinhas, QUATRO ainda não tinham lido??? pois eu quase caí de costas, desmaiada, falecida. é claro que tratei logo de ir emprestando meus exemplares fofinhos pra todos eles, onde é que já se viu estudante de letras (e, além disso, meu amigo) que nunca leu harry potter, gente???

se eu tenho uma missão nesse mundo, ela é divulgar essa maravilha de série pra todas as pessoas que eu puder. e, se precisar, emprestarei meus próprios livros pra todas elas. (só espero, do fundo do coração, que eles continuem sendo devolvidos. se algum dia alguém me roubar um volume de harry potter, haverá morte. just saying.)

terça-feira, 8 de setembro de 2015

será que é de sereia?

- teve uma moça que viu aquele pingente ali *aponta* e falou "nossa que lindo esse rabo de sereia" sendo que é nitidamente um rabo de baleia
- gente, de onde ela tirou que é de sereia? você olha pro rabinho e até enxerga o resto da baleia
- só teria como ser de sereia se ela fosse bem magrinha hahaha
- ah, não tá tão claro assim, vai? eu também vejo a sereia...
- nossa, nada a ver, é total uma baleia!
- tá, então a asa daquele pingente ali *aponta* é de que???
- é de anjo
- pô, é de sereia também

diálogo real (reproduzido aqui de maneira fiel, de acordo com as limitações da minha memória) entre três amigas estudantes de letras, um vendedor de cookies estudante de educação física e um vendedor de ~miçanga~ também estudante de educação física. 

tudo isso ocorreu do lado de fora do bandejão da faculdade, enquanto um moço tocava flauta bem do nosso ladinho. esse tipo de situação só pode ser considerada normal lá na usp mesmo. melhor pior lugar do mundo <3


colar que comprei do miçangueiro mais roots daquela universidade toda

cookie que ganhei do vendedor de cookies por estar usando um relógio do mickey (curte lá no facebook a página do moço e encomenda uns biscoito de nutella, gente!)


(infelizmente, fico devendo a foto do tal rabo de baleia-sereia. e também uma da asa de anjo-sereia. quem sabe numa próxima oportunidade elas apareçam por aqui! ou não. muito provavelmente não.)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

aprendendo francês com fábio júnior

estava eu num churrasco improvisado no meio de uma calçada, com direito a pão de alho e tudo, regado a uma quantidade razoável de bebidas alcoólicas. uma delas, inclusive, tinha cheiro de panetone (e chamava xixi de macaco, caso alguém se interesse em saber. pois é).

um dos caras presentes tinha um jeitinho meio engraçado. de falar, de agir, enfim. o moço era bem efusivo, bem empolgado. em um determinado momento, chegou em mim a seguinte informação: "o cara ali [que ninguém sabia o nome direito] sabe falar judeu". considerando que quem me disse isso estava relativamente bêbado, dei risada e imaginei que o mocinho falava hebraico, né? depois descobri que, na verdade, o cara falava alemão. achei meio osso.

além de alemão, o senhor poliglota disse que também sabia francês, espanhol e inglês. não comprei muito essa história, mas decidi que não dava pra julgar pela aparência. se ele tava falando que sabia, devia saber. pelo menos um pouquinho.

até que ele achou que seria uma boa ideia cantar uma música em francês pra provar pra todo mundo que ele estava falando a verdade. considerando-se apenas uns 65% bêbado (ah, ele media seu nível alcoólico em porcentagem), ele disse "vou cantar eu sei que vou te amar do fábio júnior pra vocês". e lá foi o moço traduzir a música pro francês e recitar tudo sem ritmo algum. eu que não sei nada desse idioma posso dizer que o cara inventou metade do que ele tava falando. ah, a mesma pessoa que me disse antes que o cara falava judeu, ficou rindo por uns cinco minutos porque "essa música nem é do fábio júnior, cala a boca, mano".

je sais que je vais vous aime...
{google tradutor mandou bisous}

como a gente ainda não tinha se convencido dos seus conhecimentos poliglotas, o moço disse "escolhe qualquer outra música que eu canto". pois falaram pro cara cantar funk. pois ele cantou. num francês ainda mais inventado do que o anterior, diga-se de passagem.

mas a cereja do bolo foi quando ele quis traduzir e conjugar verbos. segundo ele, "eu boto" (do verbo botar) é je pick e "eu coloco" é je click. só nisso eu já tava rindo sem parar, mas o ponto alto, com certeza, foi quando ele teve a pachorra de me dizer que "eu acordo" é je limilick.

olha só o que a imaginação não faz com um ser humano. (isso sem falar do álcool...)

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

sobre 1 mês inteiro de BEDA

primeiramente: WE ARE THE CHAMPIONS, my friend! :D



contrariando todas as minhas próprias expectativas, eu consegui: postei 31 vezes em 31 dias! gente, que insano. nunca antes na (curta) história desse blog houve um mês tão atribulado e cheio de postagens e eterno como esse aqui. porque né, convenhamos... agosto não durou trinta e um dias, ele durou, pelo menos, uns noventa. eita mês gigante que não acabava nunca!

preciso fazer minhas considerações finais sobre o projeto antes de poder mudar de assunto e parar de falar sobre isso por uns tempos. ei-las:

no começo do mês tava tudo lindo, eu tinha infinitos posts programados, foi uma empolgação total. 

a última semana do BEDA foi quase um martírio. não aguentava mais pensar em post, não aguentava mais escrever, não aguentava mais essa responsabilidade sem noção que eu arrumei pra minha cabeça.

o único post que eu escrevi no dia em que eu postei foi o do dia 30, sobre os livros. todos os outros foram escritos pelo menos com um dia de antecedência, esse foi o único que escrevi às pressas. isso porque já havia decidido o tema tempos antes...

não sei se alguém percebeu, mas todos os meus posts foram programados pra ir ao ar todos os dias no mesmíssimo horário (18h00). nenhunzinho saiu da rotina e foi postado em alguma hora diferente, me sinto duplamente vitoriosa por causa disso hahaha

amo de verdade acompanhar diversos blogs, mas não aguento ler mais ninguém. novamente, no começo era incrível e eu ficava esperando ansiosa as atualizações alheias. no final, eu deixava juntar uns três, quatro dias de posts e lia no máximo uns dois blogs só. era too much information, sabe? chegou um ponto em que meu cérebro cansou.

escrever todo dia é legal, ter a obrigação de escrever algo postável todo dia é um saco. nem sempre a gente se contenta com o que conseguiu concretizar, mas quando aquilo é a única coisa que a gente tem e existe a obrigação de postar, a gente deixa pra lá o senso crítico e posta mesmo assim. se eu olhar pra trás e rever alguns dos meus posts, talvez eu fique meio envergonhada deles hahah

fiquei orgulhosa de verdade por ter conseguido cumprir o desafio, pensei que eu fosse largar na metade (como eu costumo fazer com quase todas as outras coisas). ainda bem que o negócio só acontece uma vez no ano, porque se me sugerissem encarar outro desse em outubro, por exemplo: no thanks!

➺ o dia em que eu assumi o risco foi o post mais lido do meu BEDA :D

e é isso. foi divertido participar e acompanhar. descobri blogs novos, conheci coisas novas. achei amor! ainda bem que o rotaroots existe nas nossas vidas!