sexta-feira, 24 de julho de 2015

vinte e quatro do sete de dois mil e quinze

o dia começou ótimo. 
meu namorado dormiu em casa, ficamos abraçados a noite toda. acordamos juntos, dormimos juntos mais um pouquinho, até que finalmente levantamos juntos de verdade. enquanto ele se trocava, fiz lanche pra ele comer e peguei sucrilhos com iogurte pra mim. tomamos café juntos. ele terminou de se arrumar pra ir pro trabalho, eu continuei de pijama. ele me deu beijos de tchau e eu fiquei na janela, suspirando de felicidade, enquanto via ele se afastar de bicicleta. 

então piorou muito.
tive de ir até a faculdade pra finalmente entregar o bendito trabalho de recuperação (fim da saga! será?). saí de casa, fiquei um tempão esperando o ônibus, depois fiquei um tempão esperando o outro ônibus. e aí, quando eu peguei meu livro pra continuar a leitura do dia, sentou um cara do meu lado. assim, eu gosto muito quando não senta ninguém no outro banco, porque as pessoas meio que não sabem se comportar muito bem no transporte público. e com esse cara não foi diferente. pra começar que tinha um total de 19 bancos vazios, ele escolheu logo aquele. mas enfim, acontece, né? segui em frente. até que eu percebi que ele, como todo homem sem noção, tava ocupando muito mais espaço do que deveria e, enquanto abria aquelas pernas de um jeito desnecessário, a boboca aqui tava esmagada no cantinho. pois fiz questão de me largar toda no banco e ocupar o maior espaço possível, pro senhor largar mão de ser trouxa. sem contar a quantidade de vezes que a mão dele encostou no meu braço sem necessidade. pode ser que vocês não liguem, mas eu me incomodo pra cacete. eis que depois de uns bons trinta minutos de viagem, eu desci do ônibus. por algum motivo desconhecido, hoje eu resolvi descer um ponto antes e andar mais. tava sol, o dia tava gostoso, achei que a ideia era boa. porém sendo menina e andando sozinha, essa ideia infelizmente não é boa jamais. óbvio que morri de pavor quando o cara que tava andando atrás de mim se aproximou. óbvio que quase desmaiei quando ele começou a falar um monte de coisa esquisita. óbvio que apertei o passo pra chegar o mais rápido possível num lugar mais movimentado. (vejam bem, só tinha eu e ele ali. novamente, vejam bem, rolou uma tentativa de estupro exatamente nesse local uns tempos atrás. quando eu lembrei disso, foi aí que eu me apavorei.)

e aí continuou ruim, até que melhorou.
eu fiquei na faculdade um tempão, esperando uma amiga chegar. não sei se foi o calor, ou o stress de momentos antes, mas minha cabeça começou a doer num nível hard. pensei que pudesse ser fome, comprei comida, comi. a dor de cabeça piorou, a fome aumentou. a amiga nunca chegava, a coluna doía de ficar sentada num banco desconfortável. aí a miga chegou. ficamos lá um pouco, entreguei o trabalho e voltei pra casinha. imaginem vocês que até o cobrador do meu ônibus ficou indignado quando eu contei que tinha ido entregar um trabalho, que eu não tava na faculdade só a passeio como ele havia sugerido (esse cobrador, gente. melhor pessoa, fofíssimo!). e a viagem de volta pra casa foi rapidinha, em uma horinha eu já tava dentro do conforto do meu lar.

depois ficou normal, como sempre é. 
cheguei em casa, cozinhei, comi, assisti séries (house, law & order: svu e ncis, caso alguém esteja se perguntando), lavei uma quantidade assustadoramente grande de louça, vi uns vídeos assustadoramente legais no youtube (japonesas fazendo comidinhas em miniatura a partir de pózinhos, água e bala, caso alguém esteja se perguntando), senti bastante sono, comi mais um pouquinho...

o ponto alto do dia.
hoje eu li mais de 100 páginas daquele tal livro citado lá em cima. creio que eu tenha alcançado a metade dele. aliás, comecei hoje mesmo, dentro do primeiro ônibus. não tô amando de paixão, mas a leitura deslanchou. provavelmente eu voltarei aqui pra falar dele assim que eu acabar. (ou não, também. não prometo nada.) 

em outras épocas.
nesse dia, eu estaria fazendo demonstrações públicas de afeto em redes sociais. estaria mandando felicitações enormes pelo aniversário de um amigo bem antigo. melhor amigo na época, inclusive. hoje nem "parabéns, felicidades" eu mando mais. não faz sentido, sabe? não tem mais nada a ver. continuo querendo que seja feliz, não só hoje como em todo e qualquer dia da vida. mas meu post ali no mural do menino seria só mais um, não muda nada eu ter mandado ou não. aí nem me dei ao trabalho. sorry, jhonys. caso você veja isso aqui algum dia: parabéns, felicidades!


e agora vocês me perguntam: por que raios eu escolhi falar justo desse dia, sem nada de legal ou engraçado ou incrível ou etc? i have no idea. beijos.

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