quinta-feira, 16 de julho de 2015

jogo de adivinhação involuntário

meu pai tá montando uma playlist com infinitas músicas que ele e minha mãe gostam. os dois vão fazer uma viagem bem longa de carro e ninguém aguenta mais ouvir os mesmos cds, então dessa vez a ideia é levar um pen drive lotado de coisas legais, pra ver se o tempo se empolga com a trilha sonora e passa um pouquinho mais rápido. 

eis que ele, buscando pelas músicas no youtube, me chama lá no escritório pra dar início ao seguinte diálogo:

- tô tentando lembrar o nome de uma banda, que tem uma música que eu gosto, mas não tô conseguindo.
- mas você não sabe nenhuma informação? nem como é a música?
- a banda tem bastante gente, o cantor é negro. tô pensando em raça negra, mas não tem nada a ver.
- não é exaltasamba?
- não, não é pagode. eu sei que o cantor é bem magrelo...
- nossa, banda com bastante gente que não é pagode? 
- ué, e titãs? é de rock e tem gente pra caramba!
- é, verdade... mas então, a banda é antiga? é nova?
- a banda não é velha. a música tem alguma coisa a ver com amarelo...
- de amarelo eu só consigo pensar numa música do djavan.
- então, o cantor tem um cabelo meio rastafári também.

aí minha mente trabalhou fervorosamente, como se nela tivessem os mesmos algoritmos monstruosos de pesquisa do google, até que depois de uns segundos eu associei a cor amarela com o girassol e...

- AH! cidade negra! toni garrido! é a música do girassol!
- ISSO!!!!
- girassol amarelo!
- É!!! como um girassol amareloooo...

e então meu pai colocou a música pra tocar e, sem ritmo algum, cantou junto. quando eu dei por mim, tinha um sorrisão estampado no meu rosto. (seja pela cantoria desafinada ou pela constatação de que eu sou muito boa em desvendar mistérios inesperados.)

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