terça-feira, 23 de junho de 2015

2 fucking décadas de vida

eis que ontem foi meu aniversário. como eu imagino que vocês já devam ter deduzido por meio do título deste post, completei meus 20 aninhos. sem crises antecipadas de meia idade, sem pirar porque a vida tá longe de poder ser considerada como "de adulto", sem me importar em comemorar em casa e não numa balada (e também sem esquecer que daqui a pouco tá na hora de começar a usar uns cremes anti-aging, porque né, sorrir demais dá rugas de expressão...).


meus pais inovaram esse ano. em vez de deixar a escolha pra mim, já pressupondo corretamente que eu seria bem sem graça e responderia "não quero fazer nada, thanks", eles é que decidiram qual seria a comemoração. e mantiveram segredo até a hora em que tudo aconteceu. meu aniversário caiu numa segunda feira, mas saímos no domingo. eu só sabia que tinha de usar roupa bonita e que não iríamos almoçar fora. de resto, era um mistério. fomos eu, o boy, minha mãe e meu pai. saímos de casa às 3 da tarde, em direção ao centro da cidade. passamos pela paulista, mas seguimos em frente. papai fez caminhos malucos, entrou e saiu de uma infinidade de ruas. cheguei a pensar que ele estava fazendo aquilo só pra que eu não adivinhasse antes da hora, mas depois concluí que era só o jeito dele mesmo. papai parece que tem o waze na cabeça, sempre inventando caminhos esquisitos e efetivos (porém papai deve errar mais que o gps).

daí, depois de uns 40 e tantos minutos rodando pela cidade, a gente chegou. descobri que nós íamos ao teatro, assistir "mudança de hábito" - a divina comédia da broadway. a gente ainda nem tinha descido do carro e eu já tava surtandinho internamente de alegria. digamos que eu sinta um grande e genuíno amor por musicais. ainda mais os da broadway.


eu não sei como descrever essa peça sem soar exagerada. a história é ótima, os atores são ótimos, as músicas são ótimas, até as piadas! mas o que eu mais amei, sem a menor dúvida, foram os cenários. gente... o negócio era lindo de um jeito que só estando lá pra entender. tinha muito brilho, muita luz, muita cor. era lindo. sei que não é todo mundo que pode se dar ao luxo de assistir musical (por motivos de $), eu mesma se tivesse condições iria bem mais do que costumo ir, mas vale a pena o esforço! é muito bom, mesmo. e ainda tem meu tipo de moral da história preferido: aquele que te faz pensar fora da caixinha. <3

pra completar o dia, fomos jantar numa pizzaria que era bonita e gostosa na mesma proporção. comi até ficar na iminência de explodir. teve até sorvetinho de sobremesa. não me arrependo nadinha das incontáveis calorias que ganhei nesse dia. :)

*-*

aí chegou o grande dia. segunda feira, 22 de junho, comecinho do inverno e do signo de câncer. o que eu mais queria era dormir até tarde, mas fui obrigada a ir pra faculdade entregar o trabalho final de uma matéria que eu nem gosto tanto assim. pra me presentear, comi uma fatia da pizza do dia anterior no café da manhã. já comecei o dia ganhando. aí voltei pra casa cedo, debaixo de um céu tão azul que nem parecia dia 22 de junho. interpretei aquele tempo bonito como um presente da galera lá de cima.

meu namorado saiu do trabalho e veio correndo pra minha casa, usando roupinha social e tudo. quase chorei de tão lindinho que ele tava. de manhãzinha ele tinha deixado a entender que eu ficaria assim :O quando recebesse meus presentes. ele se enganou. minha boca se abriu bem mais que isso! dá pra imaginar que o cara me deu CATORZE presentes? chocolates, livro, rímel, itens de papelaria... tudo do que eu mais gosto e nem sonhava ganhar. rolou até doce da alemanha, que tô guardando pra experimentarmos juntos. como o dia já tava ótimo mas sempre pode melhorar, minhas melhores amigas também vieram me ver. e chegaram cheias de abraços, sorrisos e presentes incríveis - alimentícios e com a forma do meu bicho preferido! nós quatro conversamos sobre tudo e rimos de tudo também, do jeitinho que sempre é quando estamos juntos. e ainda teve strogonoff de janta, que todo mundo comeu até não caber mais. mas sempre sobra espaço pro melhor bolo do mundo, né? de morango e leite condensado, é claro. com direito a parabéns iluminado pela discretíssima lanterna do celular, já que os aplicativos de vela de aniversário não quiseram colaborar com a gente.


 


soa clichê, mas não podia ser mais sincero: ganhei um montão de coisa legal, mas o presente de verdade foi ter passado o meu dia ao lado deles. esse três que tão sempre comigo, há vários anos, me fazendo entender cada vez mais o quanto é sensacional viver acompanhada. sem esquecer dos meus pais, que estavam lá também e são a melhor coisa que eu tenho nessa vida. é, acho que eu queria fazer aniversário todos os dias.

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