segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

exercitando o autocontrole

eu quero gritar, eu quero brigar, eu quero fazer barraco. mas a convenção social, a educação que recebi e o meu bom senso me impedem de tomar essas atitudes. sendo assim, eu escrevo. escrevo e choro, choro e escrevo. já desabafei com a mãe, com o namorado, com o espelho. todos foram muito importantes pra me ajudar a ficar mais calma, mais tranquila. mas a vontade de rodar a baiana ainda tá aqui bem viva, só esperando uma oportunidade aparecer. eu sei que isso nunca vai acontecer. jamais vai ser possível arrumar a confusão que eu tanto quero. e, no fim das contas, talvez eu nem queira tanto assim. as consequências seriam muito piores. então, eu continuo quieta, tentando ao máximo deixar essas preocupações de lado, tentando ao máximo relevar o que aconteceu. relevar e perdoar. ô tarefa difícil essa! na teoria tá tudo ok, tenho que abrir meu coração e desculpar todo mundo pelo estrago que foi feito. na prática, eu não consigo. a cada vez que eu penso no assunto, fico ainda mais frustrada. ainda mais chateada. mas eu sei que não preciso resolver tudo com as minhas "próprias mãos", mesmo porque eu não sou nem capaz de fazer isso. também sei que o universo vai se encarregar de resolver isso por mim. tudo o que vai, volta. mais cedo ou mais tarde, isso vai acontecer. e quando esse dia chegar, eu espero mesmo que o ensinamento seja muito grande. pra que o erro nunca mais se repita. pra que ninguém mais se sinta como eu estou agora. e eu espero também conseguir colocar em prática o mais rápido possível essa questão do perdão, porque ficar guardando mágoa dentro de mim só vai me fazer mal - e isso eu não quero mais. 

"Não devemos nunca nos revoltar com as vicissitudes da vida. Devemos, é claro, lutar para vencê-las e melhorar nossa vida."
(Bairro dos Estranhos - Wilson Frungilo Júnior)

Nenhum comentário:

Postar um comentário