sexta-feira, 26 de setembro de 2014

quem quiser que chame um médico

ou um terapeuta, um analista, 
o melhor amigo, a própria mãe. 
ou saia por aí distribuindo porradas 
e pontapés, doe a quem doer. 
ou grite no travesseiro, soque as paredes, 
quebre uns pratos e uns copos.
pode ser que você pinte quadros
e até rabisque os muros da cidade. 
ou que toque uma música bonita no violão,
se você achar melhor.

quanto a mim, eu escrevo.
escrevo e choro também.
muito muito, bastante mesmo.
nem sempre fica bom, 
mas até que sempre dá certo.
quem quiser que chame um médico,
eu escrevo e choro também.

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